domingo, 29 de dezembro de 2013

Maná

Tenho fome de tudo e nada me sacia.
Mas tenho fome de tudo e tudo me alegra.
E a beleza de tudo me preenche e me desperta inteira.
E tudo o que não me sacia me prepara para receber o maná.
Aquilo que, embebendo o mundo, me sacia enfim.

(Dezembro de 2013)

Aforismo 16

Basta uma gota de Ti para me tirar dessa tristeza que me cobre a alma.

(Dezembro de 2013)

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Natal II

Eu era culpada
e o crime era ser.
Até que me absolveste,
e, perdoada, permitida,
nasci outra vez,
nas Tuas águas,
no Teu colo,
no Teu verso.
E, nesse instante,
uma gota d'água
me atingiu o centro dos olhos
transformando o mundo inteiro
a partir de mim.

(Dezembro de 2013)

Êxtase

A menina para no meio da floresta
atraída por uma fruta recém caída.
Se abaixa, se inclina, se abre.
Pega nas mãos a fruta que é grande e tenra
como a sede nova que a preenche.
Com a fruta nas mãos, se deita e se suja na terra.
Deitada de lado, uma das mãos lançada no chão como antes a fruta,
a outra mão leva a fruta à boca.
A língua roça de leve o que se oferece e parece ser tanto e tão bom,
que a menina teme.
Teme o que é maior do que ela.
Mas o sabor da fruta já a invade e tomba o medo.
E a menina é toda fome e prazer.
O prazer que irrompe e rompe -
não há temperança
não há equilíbrio
não há sensatez.
A menina está além de si.
Em Ti.

(Dezembro de 2013)

Natal

Um girassol gigante brotou bem diante dos meus olhos.
A vida toda desaguando numa felicidade simples:
A permissão para aquilo que, desde sempre, eu era.

(Dezembro de 2013)

domingo, 15 de dezembro de 2013

Aforismo 15

A dor que nunca cede é a saudade d'Ele.

(Dezembro de 2013)

Bilhetinho

Porque sou imperfeita e pequena, fecho os olhos e só Te busco. E às vezes o Teu cheiro me perfura a carne e pressinto que sou perfeita e imensa, como tudo o que existe.

(Dezembro de 2013)


No feio ou no belo

Desde sempre uma dor: ter um corpo pesado.
(corpo feio, corpo bonito)
Desde sempre, cética: o que é a beleza?
(corpo feio, corpo bonito)
E aos poucos a beleza do mundo veio me tomando de assalto
e a beleza de Deus veio me invadindo a alma
e as flores se coloriram mais
e os perfumes se encorparam
e o vento soprou mais sutil.
(corpo feio, corpo bonito)
Mas a dor não cedia:
tenho um corpo pesado
e isto dói.
E no meio de tudo o que é belo
a dor dói.
E segue doendo até que eu sinto a presença d'Ele em mim e em tudo.
A fome cede, a dor se apaga.
E então sei:
com corpo leve a dor voltaria de outra cor, mas sempre dor.

(Dezembro de 2013)


sábado, 30 de novembro de 2013

Na chuva

Na chuva
a água que vem do céu
me salva de mim.
Sorvo a água com pele e língua
e mato sede e fome
a ponto de explosão.
Na chuva me farto
e me encontro em Teu colo,
Deus que me acalanta e me move.
Na chuva me águo e me farto,
na chuva não sou mais -
sou só o fruto colhido de Ti.

(Novembro de 2013)

Aforismo 14

O terror maior, meu Pai, é de repente descobrir-me do Teu assombroso tamanho.

(Novembro de 2013)

sábado, 2 de novembro de 2013

Ponto de virada

O de que se tem horror é o que se pratica.
Parece ser essa a sina humana.
Oposto radical entre o amor e a repulsa,
juntos na mesma roda.

A descoberta:
Tenho praticado o de que tenho horror para perdoar quem me ensinou e a quem amo.
E para perdoar em mim a repulsa a quem amo.

Despejo agora em Teu colo o que vi.
E sei que só assim o giro da transformação se completará.
O de que tenho horror será meu passado.
No futuro só vejo a Ti.

(Novembro de 2013)

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

A pele e Deus

Inquietação.
Foguinho que sobe de dentro do mais baixo do corpo.
Desvio de rota, sensação sempre renovada de que algo está por vir.
E eu corro nado voo fujo como -
que fazer?
Inquietação.
Cócegas por dentro da pele,
pele que custa a conter o que quer irromper.
Espreito pela veneziana.
E lá está Ti.
E Teu amor me perturba
e me chama
e me joga no chão.
Inquieta,
temo a Ti que é maior do que eu e me habita.
A pele perfurada me mantém viva
e Teu amor transborda de mim.

(Outubro de 2013)

sábado, 12 de outubro de 2013

A roda

Depois de ter sido atravessada pela Tua espada
e ter tido o coração estilhaçado
terei que me haver de novo com o velho amor.
Velho como é velho meu sonho de amor -
como o sorriso do Antônio
o anseio do João
ou o lirismo do Joca.
Velho como é velho meu sonho.
Como quando fui criança e tive a ilusão do círculo de cor no céu.
E depois fui jovem e tive a ilusão do brilho de amor nos olhos.
E fui mulher e tive a ilusão da certeza de amor na palavra.
Velho como agora sou velha e tenho ainda a ilusão
qualquer
em qualquer gota de orvalho
nas flores espumosas da jabuticabeira
no cheiro da terra úmida
na boca esperta da minha cadela
na saudade sem fundo das mãos do meu pai.
Velho como o mundo que se sonha.
E quero ainda a Tua espada
e a cobrirei com o meu amor
entregue a Ti
e seguirei com um segredo
que é o pavor de ser outra vez perfurada.

(Outubro de 2013)

sábado, 5 de outubro de 2013

Sem vergonha

Meu coração adolescente é um rio infinito de amor.
Minha vista cansada quase perde o rumo do rio.
Minha perna alquebrada custa muito a alcançar a margem.
Mas meu coração adolescente é um rio que nunca se desliga da fonte infinita do amor.
A fonte do amor é Deus.
Perdi a vergonha de dizer.

(Outubro de 2013)

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Aforismo 13

O fio da vida é: Encontrá-Lo.

(Outubro de 2013)

sábado, 28 de setembro de 2013

A paixão

Entre vermes e coisas
nasce um musgo verde.
Entre os destroços de mim
nasce uma ponte.
Destroçada,
alcanço o outro lado.
Recoberta de musgo verde,
me queimo ao sol.
A Tua mão me afogueia.
Em chamas,
ardendo,
desmonto em Teu colo.
E o fogo é amor,
e os destroços são a matéria prima,
e eu mesma sou só mais um pedaço Teu.

(Setembro de 2013)

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Mutação

Meu coração transborda de doçura.
A alma, livre, arrisca pequenos voos.
Vislumbre.
A Tua alegria me recobre,
a Tua mão me conforta,
em Ti encontro a expansão
que antes buscava no mundo.
Livre, por Ti, e em Ti,
obedeço aos limites todos
que me contêm.
E toda perfumada pela terra,
sou corpo e liberdade
na Tua alegria.

(Setembro de 2013)

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Pequena declaração de amor

Para o Tonho

Com ele, o anjo, aprendi que o que procuro no mundo é um certo jeito de saber e amar apenas o que de fato importa. Hoje sei que o que importa, de fato, é aquilo que foi banhado por Ele. E que era isso o que já estava nos olhos dele, o anjo.

(Setembro de 2013)

sábado, 14 de setembro de 2013

O anjo

Para o Tonho
Descobri um novo anjo no céu.
Caí de joelhos.
O pranto escorreu suave,
o que era passado invadiu a vida toda.
O tempo comprimido fez de mim
a menina antiga que sonhava
que amava
esperava
amava.
O amor perdido está vivo
transborda e chora.
De algum modo agora
enfim, meu.
Meu amor.
Perdido na morte desconhecida
que agora me impede para sempre
de sentir seu olhar.
Meu amor.
Reencontrado na curva estranha
que me lançou de volta
ao passado vivo.
Amor perdido
amor de sempre.
Amor que agora me olha
com os olhos do Eterno
e que reencontro lá
onde tudo é Um só.

(Setembro de 2013)

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Um ato só

Do meio da dor, sem poder mais me distrair,
suplico a Tua presença
e sonho com um verso simples:
Deus enfiou seu dedo de amor no meu peito e eu fiquei curada de tudo.
Mas o verso é ainda sonho,
e do meio da dor suplico pela Tua verdade.
E o verso, sonho ainda,
reverbera em mim
e tudo que me distrai se esvai.
E de repente eu creio no sonho
e o sonho é a Tua palavra.
E o Teu dedo me cura de mim -
minha história toda me envolve como um carinho
e o que era dor se faz alento,
o que era queixa, tormento,
se faz água que me limpa de querer ser o que não sou.
O que sou, esse sopro que se depara com a Tua presença,
se dissolve no amor que me queima.
Fervendo, me entrego e sorrio.
E seu dedo me transforma como a um verso torto.
Transformada, só repito:
Deus enfiou seu dedo de amor no meu peito e eu fiquei curada de tudo.

(Julho de 2013)

Aforismo 12

Meu eu é um simples sopro entre os tantos fios que me enredam.

(Julho de 2013)

domingo, 2 de junho de 2013

O novo odre

"Ninguém põe vinho novo em odres velhos." (Lc, 5, 37)

Ela dizia:
seja boazinha
reze para não faltar o pão
reze para o dinheiro aumentar
olha seu pai, não segue com ele
seja boazinha
não seja prepotente
não seja amiga de gente feia
não namore rapaz feio
não ame um qualquer
faça o que é certo
seja boazinha
não coloque os cotovelos na mesa
não fale alto
seja boazinha
você é uma princesa.

Eu me remoía e
a palavra dela corria dentro de mim como ratazana.
Buscava outras palavras:
sê sincera
observa o sentimento
observa o sentimento do outro
ama
sê amiga
perdoa
justifica o que for justificável
defenda o que for defensável
sê sincera
vê de perto a verdade
mexe na verdade do outro
explicita a beleza da verdade
sê sincera
descobre o que é justo
revela a mentira.

Eu me culpava entre os odres velhos e o vinho novo.
Agora sei: me banho nas palavras novas
que se aninham no meio do meu peito
como se fora um odre novo.

(Junho de 2013)

Tarefa

Desde sempre,
ela não me viu.
Esperou de mim que fosse
o que eu não era,
e nunca viu o que eu era.
Esperou de mim o irrealizável,
a esperança última de quem vive:
ser o que não é,
fugir de si,
ser para os olhos do outro a perfeição que ele espera.
Desde sempre,
me culpei por não ser
o que ela queria.
E mais ainda,
por não ser por inteiro
o que eu era.
Em uma espécie de não-ser,
fui seguindo sangrando.

Diante d'Ele,
ser o que sou -

ai de mim.

(Junho de 2013)

sábado, 1 de junho de 2013

Aforismo 11

Ter os pecados perdoados é como ter espinhos retirados da carne.

(Junho de 2013)

Décimo cântico

"Senhor, se quiseres, poderás limpar-me." (Lc, 5, 12)

Quisera dizer: eu permito.
Mas ainda não podia,
eu, acorrentada em mim,
presa a meus modos próprios
e à desconfiança.

Quero dizer: eu permito.
E quando quero, tremo,
me aflijo, me dano.

Digo: eu permito.
E me entrego à ação
daquele que sabe
o que há para ser curado.

(Maio de 2013)

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Contemplação

No Teu rosto de olhos límpidos
vejo o mundo todo.
Vejo águas mansas e
no fundo
o mar bravio.
Vejo o Sol que cega
e a Lua que amansa.
Vejo a mim mesma
correndo apressada à procura de mim -
parando atônita ao encontro de Ti.
Olho Tua face e caio.
E tudo deságua nos Teus olhos.
E nado nua nestas águas.
Tu és para mim, então,
o onde quero estar,
o limite que não quero ultrapassar,
o fio que me delimita
sem me impedir de nadar.
Onde sou, a um só tempo,
livre e limitada.
Onde me entrego,
mas não me perco.

(Maio de 2013)

Imagens (I)

Na beira do Rio,
vendo de longe os peixes rompendo as redes,
fixei-me.
O cheiro do peixe semi-vivo me penetrou -
e eu me fiz peixe
e eu me fiz terra.
Quando Ele passou por mim, seguido pelos outros,
não pude ir junto.
Fixada na terra,
adubada pelo cheiro do peixe,
transfigurei-me em árvore,
e eu era alta e cheia.
Quando mais tarde Ele voltou,
se recostou à minha sombra.
Com tremor na alma, eu disse:
Quero ser Teu conforto.
Ele sorriu em silêncio e se deitou em minhas raízes expostas.
E eu servia ao Seu sono,
e eu era perene em servir.

(Maio de 2013)

Nono cântico

Mergulho no abismo de mim.
Deságuo lá onde não sou.
Onde Ele me olha e
me transfigura naquilo que sou.

(Maio de 2013)

Oitavo cântico

Meu corpo arde.
Minha pele sente o Teu calor.
Minha língua é penetrada pelo Teu sabor.
Corpo e poros -
tudo aberto,
toda aberta.
Úmida à espera do Teu halo.
Trêmula,
ansiosa por Teu verbo.
Toda Tua,
toda nua,
toda.

(Abril de 2013)

sábado, 20 de abril de 2013

Incorporação

Meu corpo todo formiga como se pequenas larvas penetrassem minha pele à procura de alimento.
E eu, que sempre fui ávida por alimentos, agora sou o que alimenta.
O impulso me empurra, o medo me assombra.
Minha língua está solta, meus braços, largos.
E se eu morrer?

(Abril de 2013)

Pergunta impertinente

Se Cristo tivesse descido da cruz, o plano teria falhado.
Teria Deus corrido este risco?

(Abril de 2013)

sábado, 13 de abril de 2013

Liberdade

E de repente chega o dia em que você olha para sua vida e entende que tem vivido desde sempre obedecendo a uma ordem que te maltrata. Porque ama quem dá a ordem. Porque quer que te amem também.
E de repente chega o dia em que você entende isso e pede para parar o bonde. E desce pisando firme nos trilhos. E sabe que agora não vai mais obedecer à ordem que te maltrata.
E de repente chega o dia em que você é capaz por em risco aquele amor.
Mesmo que ele seja o mais antigo.
Mesmo que sobre ele tenha sido construída a sua vida.
E de repente chega o dia em que você olha para o mundo e diz: se tudo desabar, posso construir de novo.

(Abril de 2013)

terça-feira, 9 de abril de 2013

Giro

Encontrar a chave para girar a senha que me sustenta.
Como um segredo de cofre que de repente faz abrir o que andava guardado.
Como uma corda que de repente vem salvar o afogado.

Falo em tom elevado, construo um drama.
Uma vida inteira que de repente quer ser menos do que um drama.
Uma vida que escorre por meus dedos,
dedos que me fazem lembrar da carne que me preenche.

Carne e sangue, dor e seiva.
Uma vontade que não cessa nunca.
Bem simples, bem pequena: ultrapassar o que sou.

(Abril de 2013)

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Aforismo 10

Deixar de amar é mais triste do que deixar de ser amado.

(Abril de 2013)

domingo, 31 de março de 2013

O rosto

Tenho vivido desfocada de mim
guiada pelo homem sem rosto que dirige o carro
de onde caio desfalecida
e chamo por socorro.
Tenho vivido
na ilusão de quem sabe de si,
no buraco de quem sabe que não.
Desfocada de mim,
chamo por socorro.
E ele vem na distância do sonho,
arma a arapuca
mas não me salva,
ainda não.
Persigo o rosto
do homem sem rosto.
Em vão: ânsia de ver.
Desfocada,
tenho medo de escuro -
e ontem faltou luz enquanto meu irmão dormia.
Não durmo quando tenho medo.
Giro no pânico
- Pã -
medo loucura pânico.
Não dirijo meu próprio carro:
sequestrada.

E só posso dizer do que não sei,
da liberdade que persigo,
do frescor da primeira manhã longe dele,
do sabor intenso da primeira comida que não venha das mãos dele,
do mundo todo novo
longe do rosto vago que me mantém
sem mim.

(Março de 2013)

sábado, 9 de março de 2013

Procura

Quando ela chega inteira,
me arrebato sem medo,
abro sorriso para o mundo,
me lanço.
Quando ela vem aos pedaços,
me balanço como no mar,
entre uma onda e outra.
Quando vem sorrateira
como um semissorriso,
me pego ansiosa
saudosa
ou mesmo bem triste
medrosa de desejo.

É assim que vivo
- prenhe -
procurando a alegria em cada desvão.

(Março de 2013)

domingo, 3 de março de 2013

Sem saída

Vejo uma semente bem no meio do meu peito.
Lacrada, encerrada em si mesma.
Sem ela, me desconheço.

(Março de 2013)

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Rezinha

Vontade de pedir a deus pra cuidar de mim.
Vontade de ser uma coisinha qualquer que pode pedir.
Mas nem coisinha eu sou, eu que nem sei pedir.
Só sei dizer: obrigada, obrigada, obrigada,
eu amo, 
eu amo essa vida besta,
esse mundo grande,
esses olhos todos que se cruzam com os meus,
esse sorriso que enche minha cara,
essa alegria sem jeito que me pega toda manhã,
esse abraço de que sinto saudade,
essa boca que ainda vai me beijar.
E espero e não praguejo e tremo.
E o mundo tão grande cai sobre mim
e não morro -
sou só simples como a terra que piso
só viva como o lagarto do meu muro
só faminta como minha cachorra
só bem só,
querendo você.

(Fevereiro de 2013)

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

No quintal

No canto quase escondido do tronco caído no chão nasceu um cogumelo.
Minha alma em festa.
Infestada de coisas que nascem.
Enriquecida com a mistura de tudo que morre.
Alma que é o mundo -
caída na terra como o cogumelo.
Nascente na massa bruta que é a matéria de tudo.
Coração cogumelo no tronco caído no quintal.

(Janeiro de 2013)

domingo, 13 de janeiro de 2013

Aforismo 9

A liberdade plena é aquela que aquiesceu aos limites inevitáveis, escolheu sem dor alguns dos que poderiam ser evitados e ignorou sem medo os que não lhe diziam respeito.

(Janeiro de 2013)

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Aforismo 8

De todos os bens da vida, a liberdade é o mais precioso.

(Janeiro de 2013)