Meu corpo todo formiga como se pequenas larvas penetrassem minha pele à procura de alimento.
E eu, que sempre fui ávida por alimentos, agora sou o que alimenta.
O impulso me empurra, o medo me assombra.
Minha língua está solta, meus braços, largos.
E se eu morrer?
(Abril de 2013)
sábado, 20 de abril de 2013
Pergunta impertinente
Se Cristo tivesse descido da cruz, o plano teria falhado.
Teria Deus corrido este risco?
(Abril de 2013)
Teria Deus corrido este risco?
(Abril de 2013)
sábado, 13 de abril de 2013
Liberdade
E de repente chega o dia em que você olha para sua vida e entende que tem vivido desde sempre obedecendo a uma ordem que te maltrata. Porque ama quem dá a ordem. Porque quer que te amem também.
E de repente chega o dia em que você entende isso e pede para parar o bonde. E desce pisando firme nos trilhos. E sabe que agora não vai mais obedecer à ordem que te maltrata.
E de repente chega o dia em que você é capaz por em risco aquele amor.
Mesmo que ele seja o mais antigo.
Mesmo que sobre ele tenha sido construída a sua vida.
E de repente chega o dia em que você olha para o mundo e diz: se tudo desabar, posso construir de novo.
(Abril de 2013)
E de repente chega o dia em que você entende isso e pede para parar o bonde. E desce pisando firme nos trilhos. E sabe que agora não vai mais obedecer à ordem que te maltrata.
E de repente chega o dia em que você é capaz por em risco aquele amor.
Mesmo que ele seja o mais antigo.
Mesmo que sobre ele tenha sido construída a sua vida.
E de repente chega o dia em que você olha para o mundo e diz: se tudo desabar, posso construir de novo.
(Abril de 2013)
terça-feira, 9 de abril de 2013
Giro
Encontrar a chave para girar a senha que me sustenta.
Como um segredo de cofre que de repente faz abrir o que andava guardado.
Como uma corda que de repente vem salvar o afogado.
Falo em tom elevado, construo um drama.
Uma vida inteira que de repente quer ser menos do que um drama.
Uma vida que escorre por meus dedos,
dedos que me fazem lembrar da carne que me preenche.
Carne e sangue, dor e seiva.
Uma vontade que não cessa nunca.
Bem simples, bem pequena: ultrapassar o que sou.
(Abril de 2013)
Como um segredo de cofre que de repente faz abrir o que andava guardado.
Como uma corda que de repente vem salvar o afogado.
Falo em tom elevado, construo um drama.
Uma vida inteira que de repente quer ser menos do que um drama.
Uma vida que escorre por meus dedos,
dedos que me fazem lembrar da carne que me preenche.
Carne e sangue, dor e seiva.
Uma vontade que não cessa nunca.
Bem simples, bem pequena: ultrapassar o que sou.
(Abril de 2013)
segunda-feira, 1 de abril de 2013
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