Tudo em mim está aberto agora
vejo a belezinha besta de cada flor do meu lençol
sinto o cheiro do bolo que fiz na semana passada
recebo o suor do homem que já se trocou
pressinto a lua crescente pela janela fechada
expando-me
livre
respirando, respirando
inteira.
Porque inteira sou no Teu sopro
Teu corpo.
Aberta
qual peneira que não carrega água -
que filtra a luz que cega
e me expõe ao avesso diante de Ti.
E o Teu halo me arrepia
dentro e fora
no peito e na pele.
Ah, Deus, me sossega dessa alegria,
vai-Te embora,
me deixa dormir.
terça-feira, 4 de abril de 2017
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