domingo, 30 de janeiro de 2011

Prisioneira

a cidade me turva a vista com seus tons de cinza –
saio para me refrescar e a natureza me colore a alma
verdes, azuis, vermelhos e amarelos
e mais o canto dos pássaros e das águas
e mais o silêncio que passa por entre os sons

quando volto, crescida por dentro e com olhos mais livres
sou como um animal que se debate contra as grades
os olhos turvos, a saudade do silêncio
e a leve lembrança que é quase mais do que um consolo

(Janeiro de 2011)