domingo, 5 de junho de 2011

Acalanto

de cima do muro
olho a cidade a correr
de cima do muro
deixo minar a dor

e gota a gota a dor se derrama de mim

ao pé do muro brotam pontos verdes
em cima do muro me deito
e a cidade corre sem mim -
a erva cresce regada pela minha dor
e me envolve como um cobertor de vida e ternura
que me acalenta de volta à cidade

(Junho de 2011)

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