Ele me olha
e não há amor.
O peito sangra
e o sangue
corta a pele ressecada.
Uma só ferida
percorre o corpo.
Me limpo
me enfeito
me curo
me minto:
sugo seu olhar
e ainda assim
- o mesmo -
e eu grito
peço
rasgada
em dor:
e não há amor.
E assim nem creio
que possa haver
tal Amor perene
que me salve
de mim.
Mas ainda quero.
quarta-feira, 8 de agosto de 2018
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