o rumor suave dos bichinhos sob a terra molhada do quintal
me inquieta e me desperta para a vida
que é mais sutil do que esta que
um dia não terei mais
a vida pequena não morre –
passa de um ser a outro
de um tempo a outro
e nós, que nos julgamos grandes,
morreremos sem saber se algum pedaço
– um pedacinho qualquer –
de tudo o que fomos,
permanecerá
para além de nós
porque o que é único não sobrevive naquilo que é diferente de si
(Novembro de 2010)
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
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"porque o que é único não sobrevive naquilo que é diferente de si"
ResponderExcluirNão sei o que dizer disso. É muito grande, muito além de mim...
P d'A