sábado, 19 de novembro de 2011

Diário de uma mulher não moderna III

Reencontro, a passos lentos, meu lugar no mundo. Não é um lugar de destaque, não é nem um lugar rentável, muito menos um lugar cobiçado.
É só o lugar que me cabe, feito sob medida. Um canto onde piso na terra e deixo a marca dos meus pés, por um tempo qualquer, antes da chuva.
Depois da chuva, a terra lavada não revela nada, e eu, feliz com o cheiro da terra molhada, nem me lembro de que havia o mercado e de que era meu dever me inserir nele.

(Novembro de 2011)

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